MAIORIA DAS CAPITAIS ESTÃO ABAIXO DA TAXA MÍNIMA DE PROFESSORES EFETIVOS

MAIORIA DAS CAPITAIS ESTÃO ABAIXO DA TAXA MÍNIMA DE PROFESSORES EFETIVOS

Segundo levantamento do Censo Escolar da Educação Básica, anualmente desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), tendo sido analisados os anos de 2016 e 2020, somente 12 capitais possuem, no mínimo, 90% dos professores com vínculos efetivos de trabalho, conforme estipulado no Plano Nacional de Educação (Lei Nº 13.005/2014). O prazo firmado foi até 2017, quando completaram três anos de implementação.

A maior parte das 26 capitais estaduais no Brasil não atingiu a taxa mínima de 90%. Em 2020 somente doze capitais cumpriram o limite mínimo.

O pior cenário foi em João Pessoa, capital paraibana. Lá, a parcela de efetivos foi metade do limite estabelecido, ou seja, atingiu somente 45% do corpo de professores. Em seguida, veio Florianópolis, com 50%, e Campo Grande, com 53% de efetivos.

Em situação oposta, São Paulo e Manaus tiveram 99% de docentes efetivos. A totalidade de efetivos foi registrada em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, cujos dispositivos legais impedem a contratação de professores temporários.

Na avaliação de Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), os resultados são extremamente preocupantes: “Além de descumprir a determinação do PNE, atenta fortemente à própria Constituição Federal, a qual estabelece que o ingresso na carreira da rede pública deve ocorrer exclusivamente por concurso público”, ressalta.

Certamente, o cumprimento dessa medida favorece a manutenção dos quadros permanentes de profissionais nas escolas e redes de ensino. Afinal, o aumento da rotatividade dos professores resulta em prejuízos ao processo de ensino-aprendizagem.

Diante das dificuldades dos municípios para reverter as metas não cumpridas, Heleno Araújo enfatiza a necessidade de apoio dos Estados e da União. “Os resultados divergiram muito entre as capitais, o que evidencia a utilidade de se realizar um diagnóstico em cada município para definir os principais tipos de recursos técnicos ou financeiros que lhe são mais necessários. Por isso é necessário estabelecer a lei do Sistema Nacional de Educação”, pondera. Assim, seria possível regulamentar o regime de colaboração e cooperação entre os entes federados para enfrentar os entraves para cumprimento das metas estabelecidas para o setor.

Fonte: https://www.5mil.com.br/maioria-das-capitais-abaixo-da-taxa-minima-de-professores-efetivos-112152021/

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