A advertência é resultado de denúncias após o uso indevido das ruínas da igreja semi-submersa durante o encontro de jet ski.
A Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), no dia 26 de novembro, publicou ofício informando que a Prefeitura do Município de Petrolândia e a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), proprietária da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, foram notificadas pela instituição. A medida é uma resposta às denúncias de uso danoso das ruínas da igreja semi-submersa, após a realização do 5º Encontro de Jet Ski que utilizou o local como ponto de encontro com estrutura de palco e som.
As denúncias foram realizadas pelo Instituto Geográfico e Histórico de Petrolândia (IGHP) e pelo Grupo de Mergulho Adventure Divers, após a realização do 5º Encontro de Jet Ski, realizado no último dia 6 de novembro. O evento, promovido pelo Jetclub de Petrolândia, reuniu dezenas de jet skis e barcos motorizados, que após um passeio pelo lago da Hidrelétrica de Itaparica, fizeram uma parada na igreja semi-submersa onde estava montada, junto às ruínas, uma estrutura de palco, com aparelhos de som e iluminação para realização de um show.
Após ciência do fato, a Fundarpe, além de notificar o município e a Chesf, também solicitou a definição de normas para o uso do lago da hidroelétrica, com medidas que busquem a preservação das ruínas da Igreja do Sagrado Coração de Jesus. O monumento está com processo de tombamento em andamento, e segundo a instituição, já está assegurado a ele o mesmo regime de preservação de bens já tombados. Com isso, as ruínas deverão ser protegidas, e por conseguinte, o local facultado às atividades turísticas, com reservas, estando a ocorrência de danos indevidos sujeita à penalidade.
Entre as medidas que devem ser tomadas, a Fundarpe sugeriu que fosse definido um isolamento no entorno das estruturas das ruínas com uma distância de 30 metros, impedindo o acesso de veículos a motor, sendo permitido apenas o deslocamento por mergulho. A fundação também reforçou a necessidade de proibir a montagem de qualquer infra-estrutura para permanência, comunicação, luz ou som, além da definição de medidas de segurança para os usuários do local.