Agentes da Polícia Militar do Distrito Federal e da Força Nacional de Segurança chegaram por volta das 7h ao acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército, em Brasília, para realizar a desocupação do local.
A polícia prendeu cerca de 1200 pessoas no acampamento de extremistas bolsonaristas em frente ao QG do Exército, em Brasília. De acordo com o Ministério da Justiça, o número ainda poderá ser atualizado. Segundo a pasta, os radicais foram encaminhados para a Polícia Federal para averiguação. A Polícia Civil informou, no entanto, que cerca de 40 ônibus estariam a caminho do Complexo da corporação.
As autoridades, na noite de ontem, iniciram a detenção de pelo menos 300 pessoas após os atos terroristas que depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Desde o final das eleições, bolsonaristas radicais montaram acampamento diante do QG do Exército por discordar do resultado das eleições.
Autoridades acompanham a ação in loco. Estão presentes o ministro da Defesa, José Múcio, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, assim como o interventor federal na secretaria de Segurança do DF, Ricardo Capelli. Não houve confronto.
Desmobilização
Parte dos manifestantes já havia começado a se desmobilizar nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira. Outros, entretanto, continuam acomodados em barracas e estruturas com lonas instaladas no espaço.
Cerca de dez ônibus da Polícia Militar chegaram ao local por volta das 7h. Desde a madrugada, viaturas da Polícia Militar já circulavam pelo entorno da área militar, cuja segurança é de responsabilidade do Comando do Exército.
Aproximadamente 15 soldados do Exército, acompanhados de um ônibus militar, fazem uma barreira impedindo o acesso de veículos. Manifestantes a pé, no entanto, podem entrar e sair da área livremente.
Uma boa parte deles está deixando o acampamento com mochilas, sacolas, barracas, cadeiras e travesseiros nas mãos. O acampamento diminuiu de tamanho desde a última segunda-feira. Policiais militares afirmaram que golpistas os impediram de entrar no setor.
Na madrugada desta segunda, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a “desocupação e dissolução total” de todos os acampamentos golpistas montados em frente aos quartéis em um prazo de 24 horas.